sábado, 21 de julho de 2018

Eu tenho medo da velhice, e você?



A velhice é uma interrogação na vida do ser humano, pois não sabemos como vamos envelhecer. Alguns têm a sorte e a felicidade de chegar aos 100 anos ou mais caminhando, viajando, brincando, cantando e, até mesmo, amando e jogando futebol. Mas cerca de 96% das pessoas chegam a essa faixa etária sem forças, sem saúde, sem ânimo até se alimentar. Esse é o meu medo da velhice.
Para mim, a velhice é como um esgoto que recebe todas as sujeiras que nele passam durante sua vida, deixando-lhe marcas não necessárias para viver uma vida sadia com alegria, com saúde e vigor. As sujeiras as quais me refiro são os aborrecimentos, as comidas, as bebidas, noites perdidas, preocupações com os afazeres, as compras, os pagamentos, as viagens que não são mais feitas e realizadas como no passado, ou até a falta de amor de um modo em geral. Elas entram na sua mente e coração, deixando-lhe com pressão alta, ossos fracos, rosto enrugado, muitos terminam acometidos com câncer, diabetes, osteoporose, doença nos pulmões e rins. A velhice é uma praga que vem do esgoto do corpo humano, contaminado com as impurezas acumuladas durante sua vida.
Eu tenho pesquisado em Shoppings, praças, avenidas, lugares onde transitam pessoas de todas idades: olho para os jovens de 14 a 30 anos e as pessoas de idade entre 60 a 85 anos, e noto que há uma diferença muito grande. As mulheres jovens têm os seios e corpo durinhos, com tudo em seus devidos lugares, enquanto que os homens também, rígidos como uma barra de aço ou um bezerro quando nasce com poucos minutos. Até no andar se nota firmeza.
Se compararmos os rostos jovens com os dos idosos, os jovens são esticadinhos como se tivessem feito uma plástica com um bom cirurgião. Enquanto que os idosos têm um rosto sem vida, cansado, perdido no tempo e distante do passado. É como se você olhasse um rosto com duas faces diferentes: uma jovem e outra enrugada pelo tempo. São totalmente desiguais.
Termino esta reflexão, deixando um conselho para meus leitores: se você cuidar da sua saúde enquanto for jovem, terá uma saúde boa na velhice. Meu querido pai viveu 92 anos andando, viajando, sem usar óculos e sem tomar remédios para pressão arterial. Meu tio viveu até o ano passado, chegou aos 99 anos e ainda andava. Ontem, na terça-feira (17), aqui em salvador, uma emissora de TV local entrevistou um senhor com 95 anos que jogava bola com os amigos de idade entre 18 a 40 anos. Mas para isso, você precisa cuidar da saúde: evitar dívidas, alimentar-se bem, manter-se sempre empregado ou buscar as condições para se manter, evitando, assim, a preocupação e a depressão. É recomendável viajar ao menos uma vez ao ano, divertir-se, rir muito, pois o sorriso é uma verdadeira terapia e faz bem a alma.
Enquanto estava escrevendo este texto, recebi um convite para falar algo aos jovens que estavam num retiro, que fica num lindo Resort Hotel com um grande campo verdejante, rodeado de coqueirais, grama e por um lago. Havia muitos jovens praticando esportes na água, enquanto outros relaxavam deitados na linda grama, olhando para o azul do céu. Então fiz uma engenharia de pensamento e voltei a meus tempos de jovem aventureiro e me perguntei: por que meus órgãos, meu físico, minha coragem não me permitem fazer isso? Logo veio a resposta: minha idade, minha velhice não me permitem usar meu corpo e minha vontade para me sentir competitivo como os jovens. Então em troca eu procuro ser alegre, para não cair na melancolia e na depressão. Essas são metas que compartilho com vocês. Sem mais, um abraço e se cuidem! Vamos aproveitar o que nos resta daqui para frente, moderadamente, dentro do limite de cada um, seja qual for o que tivermos vontade de fazer.

Autor M. P. S.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

"Não precisa ser rico para ser feliz"


Queridos, não precisamos ser ricos e famosos para sermos felizes. A felicidade não vem da riqueza nem da fama, mas sim da paz interior e do nosso eu. É o nosso sistema psicológico que nos faz acreditarmos que uma vida de felicidade não é uma vida de luxo ou de fantasia, para viver aquilo que você não é.

Para que sejamos felizes, não precisamos querer ganhar o mundo, trabalhando dia e noite para ter carro de luxo, apartamento ou casa, mulher ou homem, iate, escuna, avião e viajar dando voltas ao mundo.

Eu conheço muitas pessoas que vivem nos lugares mais importantes deste mundo, vivendo infelizes, como também conheço amigos que eram pobres e hoje estão vivendo numa sociedade mais elevada. Entretanto, estas pessoas estão infelizes por pagar o preço das prestações da moradia e dos carros, para competir numa classe que não era a sua. Muitos deles terminam perdendo tudo e voltando à estaca zero, sem terem forças e condições psicológicas para recomeçar tudo de novo.

Vai aqui uma receita para voces serem felizes: devidam um pouco do que vocês têm com os que precisam, visitem os doentes nos hospitais, nos asilos, nos orfanatos, nas ruas, tratem bem os mais simples que você, respeitem os mais velhos, as crianças, seus pais, seus filhos, sejam um bom esposo ou uma boa esposa, se assim o fizer, vai ser compreendido e realizado por ter feito o bem. Nunca se esqueçam: é dando que se recebe. Eu falo com causa porque tive uma empresa de Turismo e nela trabalhei por cerca de 34 anos com pessoas do mundo inteiro, com reis e rainhas, atores e atrizes, cantores de renomes e muitos deles só se sentiam felizes nos palcos com os holofotes, sendo aplaudidos e se sentindo o máximo por alguns minutos de fama. Só que depois, quando chegava nos hotéis, tinham de usar medicamentos para dormir.

Também, já tive clientes de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, e outros estados que vinham para Salvador eficavam nos melhores hotéis. Eles me procuravam para mostrar-lhes a cidade e me contavam tudo sobre sua vida e sua família, só para desabafar.

Concluirei este texto com dois relatos verídicos que aconteceram comigo.

O primeiro seu deu recentemente, quando hospedei uma amiga que é empresária e advogada. Ela já havia passado por três casamentos e estava só há muito tempo. Ela costumava fazer pesquisa de homens em sites de relacionamentos para saber qual sua identidade e o que eles tinham financeiramente, para ela conquistar e ser conquistada. Nos dez dias que convivemos aqui em Salvador, ela se apaixonou pela cidade e seus encantos, seu povo, suas histórias, suas praias, seus museus e o modo que as pessoas daqui vive e lhe recebia. Mas quando chegava em casa, passava todo seu tempo em redes sociais ou navegando pela internet como seu passatempo. Em outros momentos, ligava para a filha para saber como estava sua empresa. Certa vez, sua advogada lhe ligou paa informar que tinha perdido uma Causa na Justiça e ela ficou quase louca, preocupada em como iria pagá-lo.

O outro caso ocorreu num mutirão médico, no qual eram previstos 250 pessoas e foram mais de 5 mil. Quando chegou minha vez, já não tinha mais vaga para um especialista, apenas para clinico geral. Para não perder meu tempo, o aceitei. E quando chegou minha vez, eu entrei e dei bom dia ao Doutor. Para minha surpresa, ele me respondeu da seguinte forma: “Nada bom. Esta merda aqui não tem ar [condicionado], tem esta pequena janela e eu vim ganhando 10 reais por consulta e tem mais de 5 mil pessoas para os médicos atender.” Eu lhe perguntei se o mutirão era de graça, e ele me respondeu: “De graça nada, eu estou aqui perdendo meu tempo para ganhar essa merda.”

No momento do preenchimento da ficha médica, ele soube eu era escritor, poeta, e que estudava psicologia. Então ficou curioso, e quis comprová-lo. Foi então que lhe passei o endereço do meu blog. Ele prontamente o acessou e leu algo que lhe chamou atenção. Então as coisas pareceram ter se invertido: eu passei ser o médico e ele meu paciente. Ele me falou sobre seu pai, mãe, irmãos, filhos, sua vida e seu trabalho e me agradeceu por ter desabafado comigo. Era uma consulta prevista para 5 minutos e durou cerca de 1 hora e meia. Só saí porque eu quis. Na saída, quase fui linchado pelos que estavam esperando para serem atendidos.

Queridos, eu sou quase feliz. Tenho um pequeno prédio, sou aposentado, tenho dois filhos maravilhosos, o mais novo é o meu maior tesouro, meu amigo, meu sócio, meu filho, meu irmão. Sou teólogo, missiólogo e estudei um pouco de psicologia. Sou asíduo em academia, lá faço dança, pilates, ballet, zumba, boxe, ritmo funcional, esteira, e outros exercícios. Escrevo meus livros, dou palestras em igrejas, em congressos, canto em coral, grupos e solo. Falta pouco para ser feliz com o pouco que tenho. Procuro uma mulher para me realizar no amor e no sexo, mas se não encontrá-la, vou viver assim como vivo. Se o próprio Jesus e Paulo viveram assim, eu também posso viver. É bom viver viajando, rindo, brincando, filosofando, cantando e buscando dias melhores sem reclamar da vida. O sábio Salomão disse em Provérbios (30: 7-9):

Eu te peço, ó meu Deus, que me dês duas coisas antes de eu morrer: não me deixes mentir e não me deixes ficar nem rico nem pobre. dá-me somente o alimento que preciso para viver, porque, se eu tiver mais do que o necessário, poderei dizer que não preciso de ti. e, se eu ficar pobre, poderei roubar e assim envergonharei o teu nome, ó meu Deus.”

Meus queridos, eis uma bela receita para ser feliz. Agora é o momento de levantar a cabeça, respirar fundo, relaxar e seguir em frente. Um abraço do escritor e muitas felicidades.

Autor M. P. S.