Não chore por mim quando eu morrer, pois se chorar não vou ouvi-lo(a). Se me fizer mal, não me peça desculpas, pois já não vou ouvi-lo(a) e não poderei te perdoar. Se tiver algo para eu dar ou pedir, faça-o em vida. Peço-te que, se eu morrer, não me ofereça flores, pois já não poderei te agradecer, mesmo que queira gritar de alegria, não vou poder, porque não vou te ouvir. Peço-lhe que lá fora você não chore por mim, se chorar, o teu choro vai ser em vão, porque não vou te ouvir.
Enquanto meditava sobre os seres humanos, vinham na minha mente essas frases: Ganhei paz quando entendi que qualquer coisa que está fora do meu controle deve também ficar fora da minha mente e da minha vida.
Também aprendi que a maturidade é trocar a intensidade pela constância, a aparência pela essência, a ansiedade pela calma, o corpo
pela alma, o rancor pelo amor, o amor pelo respeito. Se as pessoas fossem tão
rápidas e capacitadas para elogiar, como são para criticar, a vida seria mais
leve, mais cheia de alegria e muito amor.
Termino dizendo que sou os livros que escrevo, os lugares que conheço, as pessoas que amo, as orações que faço, as cartas que recebo e envio, os sonhos que tenho. Sou também as decepções pelas quais passei, as pessoas que perdi, as dificuldades que superei, as coisas que descobri, as lições que aprendi, os amigos que encontrei, os pedaços de mim que levaram, os pedaços de alguns que ficaram e as memórias que trago e correm de quem gosto. Eu sou simples assim como você, mas não sou ingênuo como você pensa.
M. P. S.