Um monólogo na montanha

Eu sou o homem que escala montanhas. Lá de cima, posso sentir a beleza da natureza e contemplar o verde da floresta nativa, que ainda existe neste mundo, devastado pelo animal humano. Sinto-me tão feliz que não quero descer. Temo me sentir triste ao ver o desmatamento tão próximo aos meus olhos. Lá de baixo, fico sem entender a realidade que, sem querer, faz com que me adapte contra minha própria vontade.

Olho pelo tempo e me pergunto o porquê. Não tenho resposta e continuo sem entender. Vejo, na realidade, que o tempo passa e eu não me dou conta como passa tão rápido. Será que os anos se transformaram em um mês? E o mês numa semana? Uma semana em um dia? O dia em uma hora? Tudo passa como um vento sem que eu o perceba. Não espero que meu silêncio me diga o que não sei, ou que ele mude os desejos do meu coração. Hoje não é tarde demais, mas amanhã já não sei.

Volto recorrer aos meus pensamentos e faço uma engenharia de poder, querendo organizar tudo de errado, mas não posso e nem tenho o poder para realizá-lo. Me pergunto: será que se eu pudesse eu faria o que penso? Ou só olharia para a beleza dos campos verdejantes e deixaria tudo como está? Não garanto e nem posso dar esta resposta. Só sei que gostaria de fazer com que tenhamos um mundo mais lindo e bem melhor do o que vivemos hoje. Eu, olhando para trás, me vejo escalando uma bela montanha verdejante com todo os tipos de árvores, dando frutos e flores de toda espécie, para alimentar os animais de todos tipos. Eu devo ser mesmos um sonhador que não consegue realizar seus sonhos com um mundo melhor.

Autor M. P. S.