Eu
sou um pequeno barco que naufraga em alto-mar, à procura do socorro para me
sobreviver. Mas se eu não encontrar um socorro, eu sairei do barco e remarei
com meus braços e com a força do pensamento, até chegar em terra firme, para me
salvar e me libertar do imenso oceano. Vou conseguir, porque acredito em minha força
de vontade e superação.
Nasci
pequeno, passei dezenas de anos até chegar a adulto e viver em busca dos meus
sonhos. Posso-me comparar com um novo computador, quando comprado sem nenhum
aplicativo em sua memória. Quando ele já está muito usado, começa a pesar e vai
ficando lento de tal maneira que, queima ou para de funcionar. Assim sou eu:
minha idade, minha memória está como um computador cheio de aplicativos; são as
preocupações, trabalhos, família, sociedade, estudos, doenças, decepções, informações
do séc. XXI. Eu sou este computador quase cansado para tantas informações
recentes deste mundo que vivo.
Só
que eu não me dou por abatido e cansado. Estou seguindo minha reta em direção
ao conhecimento, para não parar no tempo, olhando navio no porto junto com as
embarcações. Minha vida teve duas etapas: quando eu era pequeno, comparado a um
avião subindo nas alturas, levantando voo. Este voo a que me refiro, eram meus
sonhos de me tornar adulto, de estudar, me formar, namorar muito, comprar
carros, viajar, e fazer o impossível dentro da minha imaginação. O tempo
passou, eu consegui muitas coisas, realizei muitos sonhos, tive muitas
aventuras, até chegar aos sessenta anos e mudar radicalmente a maneira de viver
e de pensar.
Hoje
eu estou como um avião quando está nas alturas e tem que descer de qualquer
maneira. Passaram os anos e a vida foi se encurtando, deixando os meus sonhos
para trás. Muitos se perderam na melancolia, tristeza, depressão, ansiedade,
sem vontade de viver. Mas Eu não me abato e corro em direção da vitória, mesmo
sabendo que vou encontrar muitas barreiras pela frente e muitos espinhos para
dificultar minha trajetória.
A
minha maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos
sofrimento, entender com mais tranquilidade, agir com mais doçura, ter um
astral bonito e contagiante. Neste pacote cotidiano, posso me enfeitar de
firmeza em busca do amor, paixão, amor amigo, fé no futuro e sonhos que se
realizem dentro de mim. Aprendo a gerenciar meus pensamentos, quando sou
abandonado pelo mundo, a solidão é suportável, mas quando aprendo gerenciar os
meus pensamentos, meu cérebro produzirá um bom viver de paz, para eu gostar de
mim mesmo. E viver uma vida feliz com equilibro entre o meu ganhar para me
poupar e gastar minhas energias acumuladas pelo o passado.
Eu
posso terminar dizendo que eu sou aquela borboleta cheia de vida, voando sem
destino com minhas asas coloridas, a voar sem destino, sentindo a força do
vento, a bater em minhas pobres e frágeis asas que voam à procura das coisas
mais simples e belas. Tenho bom senso e autoestima para conseguir tudo que
quero e busco dentro das minhas limitações. Eu posso, eu quero, eu vou
conseguir. Tenho dois braços, duas pernas, dois olhos, um corpo sadio e uma
mente lúcida em busca da felicidade,
para voar sem destino sem olhar para trás.
(Autor M P S)