Como foi o encontro de Isaque com Rebeca?

Abraão já estava bem velho, quando o Senhor Deus o havia abençoado em tudo. Certa vez, ele chamou o seu empregado mais antigo, que tomava conta de tudo o que ele tinha, e disse: “Ponha a mão por baixo da minha coxa e faça um juramento. Jure pelo Senhor, o Deus do céu e da terra, que você não deixará que o meu filho Isaque se case com nenhuma mulher deste país de Canaã, onde estou morando. Vá até a minha terra e escolha no meio dos meus parentes uma esposa para Isaque” (GN 24: 1-4).

Devido abraão já estar muito idoso, ficou com medo de morrer e de que seu filho Isaque se casasse com uma mulher da cidade de Canaã, pois era um povo depravado, desobediente a Deus e a seus ensinamentos. Então confiou essa missão ao seu servo mais antigo, que tomava conta de tudo que ele tinha, tal como o administrador dos seus bens. Logo após o seu juramento, ele partiu para a cidade de Harã, que era o único lugar onde Abrão havia permanecido, após a imigração deste para Canaã, cerca de 65 anos antes. Pelo o que este texto indica, Abraão foi obediente a Deus, mas não foi muito feliz na terra de Canaã, devido aos cananeus não terem uma vida conforme o seu Deus. Assim, ele não queria que seu filho Isaque, o filho da promessa, se casasse com uma mulher cananeia, implorando a seu servo, homem da sua confiança, que não deixassem seu filho casar com uma mulher da quela região.

Rebeca era neta do irmão de Abraão, filha de Betuel, que por sua vez era filho de Milca e de Naor. Quando o empregado chegou ao poço com cerca de dez camelos, pela tardinha, na hora em que as mulheres vinham buscar água. Então ele orou assim: “Ó Senhor, Deus do meu patrão Abraão, faz com que tudo dê certo e sê bondoso para o meu patrão. Eu estou aqui perto do poço onde as moças da cidade vêm para tirar água. Vou dizer a uma delas: Por favor, abaixe o seu pote para que eu beba um pouco de água. Se ela disser assim: Beba, e eu vou dar água também para os seus camelos, que seja essa a moça que escolheste para o teu servo Isaque. Se isso acontecer, ficarei sabendo que foste bondoso para o meu patrão”.

Ele nem sequer havia acabado a oração, quando Rebeca veio, carregando o seu pote no ombro. Ela era a mulher mais linda de todas, uma moça ainda virgem. Ela desceu até o poço, encheu o seu pote e subiu. Então o empregado de Abraão foi correndo para se encontrar com ela, e disse:

-Por favor, deixe que eu beba um pouco da água do seu pote.

-O senhor pode beber, respondeu ela.

E rapidamente abaixou o pote e o segurou enquanto ele bebia. Depois de lhe dar de beber, a moça lhe perguntou:

-Vou tirar água também para os seus camelos e lhes darei de beber o quanto quiserem.

Rapidamente, ela despejou a água no bebedouro e coreu várias vezes ao poço a fim de tirar água para todos os camelos. Enquanto isso, o homem, sem dizer nada, ficou observando a moça para saber se o Senhor Deus havia ou não abençoado a sua viagem. Quando os camelos acabaram de beber, o homem pegou os presentes de ouro, prata, brincos, argolas e lhes deu com a certeza de que era a escolhida por Deus, para ser a esposa de Isaque.

Logo após, ela o convidou ele para ir a sua casa.

Ao chegar, lhe apresentou seu irmão e sua família, lhes contando o ocorrido. Seus pais lhe perguntaram se queria seguir com aquele homem e ela lhes espondeu que sim. Então descansaram, para seguir uma longa viagem de aproximadamente 800 km, sobre o lombo de camelos, para encontrar seu futuro marido e seu grande amor.

Durante a viagem, ela perguntava sobre Isaque e o servo o descreveu como um jovem sadio, forte, bonito, charmoso,cheio de vitalidade e ainda virgem. Ao chegar no cair da tarde, Isaque estava no acampamento, meditando como de costume. Quando se deparou com a caravana dos camelos e seu servo, ele se aproximou de rebeca, que, a seu turno, perguntou ao servo:

-Quem é ele? O servo respondeu:

-Este é Isaque, seu futuro marido.

Ela desmontou do camelo, vendo Isaque, e cobriu seu rosto com o véu, como era de costume. Depois que Isaque ouviu tudo o que tinha acontecido sobre a provação e providência de Deus, ele a levou para dentro da tenda na qual Sara, sua mãe, havia falecido há três anos. Lá, a tomou como sua esposa. Depois foi consolado por Rebeca, enquanto a contava sobre a falta e tristeza que sentia pela mãe.

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Que jovem linda e maravilhosa devia ter sido Rebeca. Uma mulher temente a Deus, capaz de confiar no servo de Abraão e de viajar cerca de 800 km sobre o lombo de camelos, pelo deserto, para encontrar seu futuro marido, mesmo sem saber quem ele era. Viveu a maior pate da sua vida com muito amor. Até os quarenta anos, eles viviam em plena felicidade e comunhão. Mas, com o passar do tempo, com a chegada dos filhos, os dois começaram a se desentender, não vivendo como antes. Mesmo assim continuaram juntos até o fim das suas vidas, porque eram tementes a Deus. Termino com um conselho aos solteiros: “A mulher não está livre enquanto o seu marido estiver vivo. Caso o marido morra, ela fica livre para casar com quem quiser, contanto que case com um cristão” (1 COR, 7: 39); “Não se juntem com descrentes para trabalhar com eles ou viver. Pois como é que o certo pode ter alguma coisa a ver com o errado? Como é que a luz e a escuridão podem vivem juntas?” (2 COR, 6: 14).

(Autor MPS)