Ah! Se a minha desgraça e os meus sofrimentos fossem
posto numa balança, com certeza pesariam mais do que a areia do mar. E foi por
isso que falei com violência. As flechas venenosas do Deus Todo Poderoso estão fincadas
em mim, e o veneno entra na minha alma. Com os seus ataques, Deus me tem
enchido de terror. (Jo, 6: 2-4).
Queridos leitores, o pior inimigo do ser humano é a
doença com o sofrimento. Vejam o caso de Jó, um homem íntegro, justo e fiel a
Deus, mas que quando se viu doente, com seu corpo ferido, desesperou-se e
blasfemou, pedindo até para morrer. Assim somos muitos de nós no mundo de hoje,
ao perder o emprego, casa, esposa, esposo, filhos, pais e seus bens matérias.
Muitos conseguem dar a volta por cima sem desespero,
mas na doença e no sofrimento poucos não suportam a dor e blasfemam sem ter
paciência, pedindo a Deus para morrer e o interrogando sobre o porquê de tudo
isso. Eu tenho convivido com muitas pessoas que já passaram por isso. Nessa
semana estive com a esposa de um pastor adventista que era líder dos jovens e
fazia parte dos desbravadores. Um dia ele saiu com seu filho de oito anos para
um acampamento com seu grupo. Após o passeio, já chegando a sua casa, seu filho
começou a sentir cansaço e muitas dores. Sem saber o que tinha acontecido, seus
pais o levaram para o médico e, após uma bateria de exames, muitas orações e
consulta a vários especialistas, descobriram que o garoto estava com leucemia e
precisava fazer um transplante de medula óssea. Os medicamentos eram muito
fortes e, após o transplante, o garoto pegou um peso cerca de três vezes mais
que seu peso normal. Quando parecia que o sofrimento tinha acabado, apareceu
outro tipo de câncer, e o sofrimento foi maior ainda. A mãe do garoto contou
que ela e seu marido fizeram indagações à Deus, do porquê de tanto sofrimento.
Eu também já passei por grande sofrimento. Em 1982, eu
era jovem e sadio. Era sócio de uma cooperativa de turismo, que tinha posto de
combustível, 33 funcionários, central de radio e 150 associados. Numa linda
tarde de domingo, quando eu estava vindo do aeroporto, dei uma carona a uma
mulher que estava no ponto de ônibus, e essa carona quase me custou à vida. Após
três encontros com ela, eu me senti mal e fui levado para uma clínica, depois
transferido para um bom hospital, ficando internado por alguns dias. Após
receber alta, tive que voltar aos hospitais e hospitais e clínicas para tentar
diagnosticar o que estava acontecendo comigo. Após fazer um delicado exame (cateterismo),
um especialista constatou que meu coração estava novo em folha, afirmando que a
medicina não tinha recurso para detectar meu problema. Fui indicado a procurar ajuda
em terreiros de candomblé. Embora fosse um católico atuante, mas não acreditava
no Deus vivo como acredito hoje. Fui a todos os terreiros de Salvador,
participei de vários rituais com animais, como bodes, galinhas, pombos, tomando
banho de pemba, de folhas, etc., e nada deu certo.
Eu fiquei isolado dentro de casa, saindo apenas para
clinica de urgência, durante um ano e meio. Até chegar o dia em que conheci o
Deus vivo. Fui a ele e implorei, dizendo: Senhor, se o Senhor existe mesmo, vem
aqui me matar ou me curar deste sofrimento. Tenho um filho de dois anos e não
posso nem pega-lo nos braços, não posso trabalhar, estou gastando todas as minhas
economias, sem ter resultado. Então, meus queridos leitores, meus olhos se encheram
de lágrimas, meu corpo se esquentou e meu quarto, que estava com a luz apagada,
de repente clareou. O Senhor Jesus veio e me adormeceu. Eu peguei no sono e, quando
acordei, já estava curado. Glória a Deus nas alturas!
A enfermidade com sofrimento consome a paciência do
ser humano de tal forma que muitos descrentes, quando estão enfermos, vão a Deus
para ser curados e se salvar. Enquanto aos crentes, muitos não suportam o fardo
e se desesperam, blasfemando contra Deus. Alguns até perdem sua fé, morrendo
sem Salvação. No caso de Jó, ele correu o perigo de perder sua salvação em
desespero, mas Deus, com sua misericórdia, deu-lhe a cura e a salvação.
Termino minha fala com um relato atual e muito triste.
Quando eu estava terminando de escrever esta mensagem, recebi um telefonema da
cidade de Aracaju-SE. Uma irmã me pediu para orar pelo seu cunhado. Ele era um
homem sadio e forte, inteligente, trabalhava numa grande empresa nacional. Ha
dez meses atrás, ao sair de uma reunião, ele foi ao banheiro e não voltou. Ao
notarem sua ausência, seus colegas e amigos foram a sua procura e, quando o
encontrou, ele estava desmaiado. Levaram-no para o hospital, no qual ficou
internado por alguns meses, esperando pelo diagnóstico certo. Sua sogra desconfiou
do seu estado de saúde e lhe encaminhou para outro especialista, o qual
constatou que se trava de um caso de meningite (Fúngica parasitária). Depois disso ele ficou tão mal
que teve de ser transferido numa U.T.I. móvel, dentro de uma cápsula, para o
hospital Sírio Libaneses, em São Paulo.
Lá ele permaneceu por 9 meses com o plano da empresa, pagando só o hospital. Ele
passou a dever um milhão e cento e oitenta reais. Ele perdeu a visão de um dos
olhos por conta da diabetes, e corre o risco de ficar totalmente cego. Hoje ele
está com depressão, muito nervoso, dizendo que se perder o olho que lhe resta, vai
se matar.
A doença é a pior desgraça na vida do ser humano.
Dificilmente um doente nesse estado
aceita com paciência sua enfermidade e sofrimento.
Autor (M. P. S.)
DEVEMOS REFLETIR NESTA MATÉRIA PARA NÃO BLASFEMAR NOS MOMENTOS DICIFO DA VIDA.
ResponderExcluirAcredito que as coisas acontecem por um determinado propósito. Que nem sempre temos sabedoria suficiente para compreender.
ResponderExcluirNão nascemos para sofrer e muito menos pra morrer. Quando Deus nos criou Ele nos criou para vivermos eternamente. Mas temos a promessa de vida eterna através de Cristo Jesus. Só precisamos aceitá-lo como Salvador e Senhor de nossas vidas .
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