O carinho

O que você acha do carinho? Você é carinhoso? Você gosta de receber carinho? Mesmo vivendo no mundo em que vivemos, onde há falta de amor ao próximo, guerras, mentiras, falsidades, enganos. Você seria capaz de dar carinho a alguém mesmo sem conhecê-lo? Eu posso te dizer que você pode sim, só depende de você, de um genuíno carinho espontâneo, capaz de curar males da alma e até doenças.

O carinho é um remédio poderoso sem custo, que não demanda sem pesquisa nem formação intelectual, sem efeitos colaterais. O carinho é um dom genuíno do coração. O efeito do carinho é uma via de duas mãos, pois quem o pratica com amor e simplicidade se sente muito mais feliz que quem o recebe.

Eu posso lhe assegurar que todos os seres humanos que praticam o carinho e o amor com os necessitados, vivem em uma perfeita felicidade, preocupando-se mesmo consigo mesmo. Este modo de agir é tão benéfico que cura o corpo e a alma de ambos, de quem dá e de quem recebe.  Uma vez a madre Tereza de Calcutá estava com um presidente dos Estados Unidos. Em conversa, este a perguntou: “Madre, você faz tanto pelos os outros e não tem nenhuma residência própria, o que você ganha nisso? Ela respondeu: ganho muito mais que todos os dinheiros deste mundo. Minha felicidade e minha recompensa é saber que alguns deles morrem felizes. Para mim isso não tem preço.”

Queridos, quando comecei a estudar Teologia, fui fazer Missiologia no seminário mais famoso deste país. Como eu fazia bacharelado com concentração em Missiologia, tinha que estudar e fazer trabalho de toda a Bíblia. Sendo assim, uma vez por mês nós passávamos “uma noite com Deus”. Essa noite começava às 18h de uma sexta-feira a 6h do sábado. Não havia igreja especifica e sim sorteada pela direção do seminário. Nesse programa, nós, além de levar alimentação para as pessoas que moravam nas ruas, sentávamos e pegávamos em suas mãos, conversávamos com eles, perguntávamos sobre eles. Muitos deles ficavam emocionados com o carinho e a dedicação que recebiam de nós. Nesse trabalho, nós fazíamos um triplo evangelismo, dando alimentação sólida, espiritual e emocional para eles não se sentirem rejeitados ou excluídos da sociedade. O nosso carinho para com eles era tão grande que muitos deles se emocionavam e nos abraçavam dizendo: “Como é bom receber um carinho de quem não conhecemos.”

Autor M. P. S.