A flor da honestidade

Conta-se  que  um Rei muito rico era pai de um único filho. Esse filho,  por ser muito rico e herdeiro  de toda a fortuna que seu pai tinha, só aparecia ao  público  de seis em seis meses. Até chegar o dia em que ele resolveu casar-se. Ele anunciou  que iria fazer um concurso, e todas as moças que quisessem  participar  poderiam se escrever. Havia  uma moça  muito  pobre   que, apesar de conhecê-lo apenas por retrato, era muito apaixonada por ele. Sua mãe trabalhava  como faxineira  na casa do Rei e, assim que soube do concurso,  comentou com a filha.  A jovem disse que iria inscrever-se para casar-se com o príncipe, e sua  mãe deu uma gargalhada  e disse: ‒minha filha o príncipe é muito rico e bonito e vai milhares de moças  ricas e bem vestida para esse concurso.

Ela mesmo assim, sem saber o que iria acontecer, se inscreveu. E no dia marcado,  estava ela lá, e aquele concurso reuniu as moças mais ricas e bonitas da região. Quando chegou  a hora da escolha do príncipe, ele sorpreendeu a todos. O príncipe  deu a cada uma delas uma semente e disse:   vocês  vão  plantar essa semente e cuidar bem dela, a que produzir  a flor  mais  linda, eu caso com ela. E assim o fez.  Deu a cada uma delas uma semente e  um vaso para plantar  a mesma.

Todas foram  para suas  casas plantar e cuidar da semente e trazer a flor mais bela entre todas. Elas plantaram as sementes, e cada  uma  cuidou de todo o jeito  possível  e as sementes   não nasciam.  As garotas mais ricas compraram outras sementes e contrataram ojardineiros  para cuidar e levar  uma bela flor no dia  marcado. A jovem mais  pobrezinha  não tinha dinheiro para gastar com outra semente e nem com jardineiro,  ela  tentou de todo jeito e  não nasceu nada. Ela começou a se  desespererar pois o grande dia se aproximava. Sua mãe lhe dizia: ‒eu lhe falei que não ia dá certo.  No dia da escolha da nova Rainha, enquanto  todas se aproximavam,  cada uma com seu jarro  e uma linda flor em seus braços, a coitada da  pobrezinha,  sendo  motivo  de chacota  pelas suas  concorrentes,  havia nas mãos apenas um  jarro sem  flor. O príncipe anunciou  e foi chamando de uma a uma,   e olhando as lindas  flores de cada.

Quando chegou a vez da moça pobre, ele pegou o vaso e lhe perguntou: ‒você  não trouxe   nem uma flor por que? ‒Eu plantei, disse há moça. ‒Cuidei dela todos os dias e ela não nasceu. Então Senhor eu  trouxe  esse vaso vazio.   Para o senhor ver.

O príncipe parou por alguns  minutos e disse:  ‒já encontrei minha futura rainha. A semente que eu lhes dei,  não era para nascer. Esta  moça trouxe  a flor da honestidade.

Meus amigos e leitores: a  verdade e a honestidade, ainda  está acima de tudo.  Mesmo vivendo em um  país  de corrupção   e de  governantes  sem  credibilidade,  devemos ser honestos.

Se  assim for, teremos  uma nova cultura e um novo País.

                                       M.P.S.