domingo, 3 de outubro de 2021

O QUE VOCÊ FARIA?

                                        

Eu nem tive tempo de pensar no ocorrido e deixei o coração falar mais forte do que eu. E você, querido leitor? O que faria se isso acontecesse com você? Deixava os dois se virarem, ou faria a mesma coisa que eu fiz?

Bem, isso aconteceu nos anos 80, do século XX, quando eu era empresário de turismo. O primeiro caso aconteceu com um garoto vizinho meu, que morava em frente a minha casa. Nessa casa morava sua mãe, sua irmã e ele, que se chamava “Samuel”, de mais ou menos 15 anos de idade. Ele vivia em minha casa brincando com meu filho e gostava muito da minha esposa. Nessa época, eu ganhei um cachorro e ele era muito esperto. Seu nome era Hulk, por causa de uma série da época. Ele foi crescendo  e ficou  grande e valente, sem aceitar mais as brincadeira do Samuel. Em um determinado dia, o Samuel entrou na minha casa e foi  brincar com o cachorro. Nesse dia o mesmo, o animal não era o mesmo, pulou na orelha do Samuel e tirou a metade e quando ia come-la, o Samuel tomou dele. Eu estava trabalhando com uma distância de 30 km, quando recebi a ligação. Deixei tudo o que estava fazendo para levá-lo ao médico. Pedi que fizessem o que fosse possível,  que costurassem sua orelha, que estava em sua mão, encolhida. Além de fazer tudo isso com meu dinheiro, deixando de trabalhar, fui ameaçado de processo e delegacia. A orelha costurada cresceu mais de que a outra original. Ficou grande e fofa.

Já o segundo caso aconteceu mais ou mesmos um ano depois,  em Salvador. Eu prestava serviços de transporte e turismo e, em um determinado dia, por volta das 17 horas, eu  peguei um cliente no Aeroporto 2 de Julho para deixá-lo em um bom hotel. Viemos conversando até chegar a um Hotel, em Ondina. Ao terminar: nossa conversa, despedimo-nos e eu vim para o carro. Quando cheguei e entrei no carro, sem pensar em nada,  senti que tinha algo diferente debaixo do meu carro. Alguém estava debaixo do meu carro. Eu puxei de novo para ir embora. Então o grito foi mais alto e apavorado ainda. Eu sai do carro  e quando olhei embaixo, tinha um garoto de 8 a 10 anos debaixo,  todo ralado, cheio de sangue, desesperado de dores. Eu fiquei sem saber o que fazer. Perguntei-lhe como havia chegado ali e ele me respondeu que seus pais o mandava fingir ser atropelado  para receber cesta básica ou indenização de quem atropela. Eu senti vontade de deixá-lo ele ali mesmo. Já era noite e ninguém não me veria sair. No entanto meu coração é de carne. Eu o levei a uma clinica ortopedista, para fazer exames e curativos,  paguei pelos remédios, e o levei para casa, que ficava em um bairro distante. Antes de sair, o médico me alertou a não entrar na rua dele, para não ser linchado ou morto. Ele fazia isso toda semana para ganhar dinheiro.

Repito a pergunta do titulo: O que você faria se fosse com você?


                                                     M. P. S.


7 comentários:

  1. Não consigo analisar pelo senso comum, mania de Advogado.

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  2. Na verdade devemos fazer ao próximo tudo que gostaríamos que fizessem à nós!!portanto temos que ter empatia em quase todas as situações que veem a nós!!

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  3. Sinceramente ,eu ficaria desesperada ...mas pedia sabedoria a Deus !

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  4. Sinceramente,muito triste esse relato desse caso envolvendo essa criança nas fraucatuas dos pais.

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  5. É uma resposta pessoal, eu criei meus filhos sem ter esse acesso de meninos frequentarem a minha casa. Eles brincavam, tinha o momento de lazer deles, mas sempre evitava por causa desses oportunos de um vacilo, vizinhos se tornam inimigos. No caso do garoto eu até o socorreria mais pagaria um táxi e daria una cesta básica. Até nos dias de hj está difícil ser solidário. Só encontra pessoas oportunistas. Um abraço. Adriana!

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  6. No segundo caso conduziria a criança a um hospital e denunciava o fato as autoridades competentes. Bom lembrar que ao adentrar no hospital imediatamente teria que ser conduzida para explicar o que acontecerá

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  7. Muito complicado, não sei como seria minha reação.

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