Nos anos de 1980, eu era jovem conquistador, empresário de
turismo com muita coragem e vontade de viver. Meu trabalho com turismo despertou
o meu lado aventureiro e me fez conhecer uma parte do mundo civilizado,
diferente do Brasil.
Uma vez saímos com um pequeno grupo de cinco pessoas para conhecer
a Europa. Na França, fomos conhecer a cidade de Paris e a famosa Torre Eiffel,
conhecida mundialmente.
Nesse lugar tem um lindo rio chamado Rio Sena, onde conheci
uma linda francesa chamada Monique, que tinha mais ou menos a minha idade na
época. Eu olhei para ela com seus olhos meigos, e seu rosto um pouco espantado.
Ela me olhou, meio tímida, buscando se distanciar de mim.
Então eu me aproximei dela e perguntei em francês qual era o seu
nome, e ela me respondeu: Monique Renne. Ela era linda, não muito alta nem
baixa, de aproximadamente 1,60m de altura, e 50 kg de peso. Tinha já seus 30
anos de idade, o que na época destoava pouco da minha. Eu a convidei para se sentar
comigo, onde eu estava, numa lanchonete ao ar livre, na beira do Rio Sena. Era
um lugar lindo, ventilado com vista para a Torre Eiffel. E com sua companhia ficou
ainda mais lindo e agradável.
Dentro da nossa conversa, eu disse que era brasileiro da
cidade Salvador, a primeira do Brasil, e ela me disse que era da cidade de Nice,
mais ou menos umas duas horas dali. Depois de muita conversa, consegui um
pequeno beijo que aqueceu os nossos corações, mesmo sem saber o que iria
acontecer no futuro.
Por volta das 16 horas, ela se foi para Nice, mas marcamos
para nos encontrar no dia seguinte. Esse segundo encontro nos marcou para
sempre. Ela estava de saia até os joelhos, cabelos partidos, de meias compridas.
Estava alegre, com um lindo sorriso. Parecíamos já um casal de verdade já no
segundo encontro. Fomos para o meu hotel e, quando nos despedimos, nossos olhos
e corações se derreteram em lágrimas e tristeza, sem saber se iríamos nos
encontrar outras vezes.
Então ela me abraçou e disse: e agora? Como vai ser? Eu respondi
que ela iria ficar gravada no meu coração. O tempo passou e com dois anos ela
veio ao Brasil e passamos uma semana juntos. O amor não tem fronteiras, nem de
território, aparência ou cor. Nele o que importa é gostar e entender com
respeito dos dois lados. Você, meu amor, ficou gravada no meu coração e na
minha mente.
M. P. S.