domingo, 27 de julho de 2025
Uma viagem de trem
terça-feira, 22 de julho de 2025
Meu coração é um vulcão
Meu coração é um vulcão que ruge e entra em erupção.
Ao mesmo tempo, ele é um iceberg que se mantém na solidão.
Ele é a dualidade personificada, a contradição em si mesmo.
É uma mistura entre calor e frio, de amor e indiferença.
Sabe ser intenso como o fogo e frio como o gelo das montanhas.
É um paradoxo ambulante que exala um magnetismo tão singelo.
E é no equilíbrio entre esses extremos que encontra a beleza do amor que procuro.
É a personificação da mais perfeita e complexa manifestação da natureza.
Ele sabe ser intenso como o fogo e frio como o gelo.
Seu olhar queima e congela o mais profundo desejo,
com a força de mil ventos e a calma de um mar sereno.
Desafia o mundo com sua aura de mistério e veneno.
Seus lábios são como labaredas que incendeiam a paixão,
e seu sorriso gélido corta como uma adaga afiada em mãos.
Ele é o contraste perfeito entre calor e frieza.
Meus pensamentos e desejos são como um enigma a ser decifrado
com dedicação e delicadeza,
para manter essa energia segura dentro do meu peito.
Meu ansioso coração é um vulcão que desperta a milhas de distância
para atrair o amor.
Esse vulcão, quando ruge e entra em erupção,
atrai quem está por perto.
Mas eu, ao mesmo tempo, sou um iceberg,
e me mantenho em choque com o amor
para não ficar na solidão.
Dentro do meu coração há dores que ninguém conhece,
sacrifícios que ninguém viu,
cicatrizes que ninguém cuidou.
Há sentimentos que ninguém pode julgar,
porque ninguém chorou as mesmas lágrimas que eu chorei.
Ninguém sofreu a mesma dor que eu sofri.
Cada um de nós sabe o que carrega no coração,
e ninguém neste mundo tem o direito de julgar.
Esse sou eu.
Autor: M. P. S.
sexta-feira, 4 de julho de 2025
Um milagre jogado no lixo
Moro em Salvador, no Centro, em uma rua com pouco movimento. Nessa rua há um pequeno lixo só dos moradores que residem nela. Mesmo assim, o caminhão da limpeza passa todos os dias para apanhá-lo.
Fico observando, admirado, quando alguém consegue encontrar algo de valor em um lixo tão pequeno. Sempre há quem pegue algo. É um verdadeiro milagre que um lixo de um pouco mais de dez prédios possa servir para que necessitados e recicladores retirem dali o seu sustento.
Para ser sincero, um dia vi da minha janela um quadro jogado nesse lixo. Então eu desci e vi um quadro do estilo barroco, muito bem pintado. Eu o peguei, porque eu também gosto de pintar quadros. Só que esse quadro é muito mais bonito e valioso do que os que eu pinto. A tela, a pintura, os desenhos e a moldura são de outro nível. Há mais de dez anos eu tenho esse quadro, que foi avaliado na época no valor de vinte mil reais.
Se esse pequeno lixo faz esses milagres, imagine os lixões. Soube que uma catadora de lixo do Rio de Janeiro encontrou uma mala cheia de dinheiro, com mais de dez mil reais. Isso só pode ser obra de Deus ajudando os seus filhos necessitados.
Espero que um dia já não exista lixões em todas as cidades, assim como a fome e o desemprego, para que os seres humanos não precisem mais catar lixo.
M. P. S.