Miséria e sofrimento

Na Sexta-feira, 29 de janeiro de 2016, tive mais um dia de tristeza e revolta em relação ao Brasil. Pela manhã, levantei-me, preparei-me e tomei o meu café da manhã. Logo após, saí para resolver alguns negócios pendentes, no banco. Até então, tudo bem. Ao sair do banco, tive que ir ao centro da cidade para comprar algo que precisava. Sai do sério com os preços de um modo geral, todos sem controle, por conta do péssimo governo e da política monetária do país. Fui ao supermercado, olhei os preços fiquei paralisado como uma estátua sem querer acreditar no que estava vendo. O tomate sendo comercializado por R$ 9. 00 kg, a cenoura por R$ 7.50 kg e a batata lisa por R$ 6.50 kg, dentre outros, seguindo na mesma direção. Embora sem querer, nem aceitar o que via. comprei algo para me satisfazer e voltei para casa. Então pensei: como pode um país de mais de 204 milhões de pessoas viver numa situação desta? Mas o pior estava por acontecer.

Ao sair novamente, passei a olhar para as esquinas, em que há várias pessoas drogadas, que catadores e comedores de lixo. Mais adiante, deparei-me com um lindo prédio colonial do estilo barroco, que já foi a primeira Universidade de Direito do Brasil, no qual Rui Barbosa, jurista nacionalmente conhecido, lecionou. Mas, para tirar o meu entusiasmo, na praça do mesmo prédio, bem defronte, tinha um acampamento de mais de vinte pessoas, de todas as idades, jogadas pelo chão, mendigando.

Parei, olhei, admirei-me e me veio uma grande interrogação: Meu Deus, onde está o Senhor agora? Olha para esses seres humanos, são seus filhos, olha para os miseráveis políticos ladrões sem coração e consciência que, além de ganhar muito bem sem fazer nada, roubam toda riqueza do País, deixando os pobres miseráveis morrerem de fome e sede, jogados pelas ruas sem ter uma alimentação e um teto para dormir.

Fica uma pergunta que não cala: como viver em um país com uma taxa de desemprego de mais de 30% e com 54% da população devendo, com o nome sujo na praça? Um país que vive uma epidemia da zika vírus, sem hospitais para atender seus infectados. As mulheres não podem ter seus filhos, para que não nasçam com sequelas (microcefalia). Isto ocorre porque a mãe, ao ser picada, fica com o vírus circulando durante 4-6 dias na corrente sanguínea, até alcançar o feto em desenvolvimento. Este tempo é o suficiente para causar a microcefalia, que atinge 40 % do cérebro do recém nascido. Como pode ser assim? Todos se casam para ter filhos, mas, agora, não podem por motivo de um vírus, transmitido por um mosquito. Que país é esse?

Do outro lado, ocorre outra epidemia, a de câncer de mama, que já atingiu 50 mil casos em todo países, sem ter uma assistência médica do governo para acolher e tratar as mesmas. Vi numa reportagem em que uma paciente disse que chegou a passar um ano para começar o tratamento. E muitas morrem na fila de espera por falta de vaga e, quando tem, os medicamentos são muito caros e o governo não fornece.

Outra paciente disse que o tratamento é muito pior que a própria doença: demorado, cansativo, e doloroso. Mas a Bíblia já nos fala que nos finais dos tempos, seria com muito sofrimento e ranger de dentes, como uma mulher dando luz a uma criança. Morte, doença, fome, miséria, terror, guerra, mentira, falsa promessa e sofrimento, em quantidade que nunca houve no mundo. Esse é o mundo que estamos vivendo. Que Deus possa a olhar do seu santo templo celestial e que dê um jeito para acabar com tudo isso. Esse é o meu desejo para o bem da humanidade.

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Uma breve reflexão


Apesar da palavra “miséria” estar sempre na boca do povo, poucas ou quase ninguém  saberia dizer, com clareza, seu significado. Segundo o dicionário, miséria significa “falta de condições básicas de um indivíduo para sobrevivência; penúria, mendicância.”

Sabemos que a miséria é um problema que existe no Brasil e no mundo, causada predominantemente pela desigualdade social. Enquanto que  algumas pessoas possuem uma maior concentração de renda e possuem alto poder aquisitivo, diversos indivíduos em várias partes do Brasil e do resto do mundo vivem em situação precária. Podemos dizer, inclusive, que a miséria e a desigualdade social são quase que questões “inseparáveis”, devido ao seu alto grau de ligação.

Autor MPS