segunda-feira, 11 de novembro de 2019

A glória é de Deus




Moisés e Arão reuniram o povo diante da rocha, e lhe disseram: Ouvi, agora, rebeldes, porventura faremos sair água desta rocha para vós outros? (Nm, 20:10)

Como líderes humanos, somos geralmente líderes de barro. Carregamos dentro de nós a natureza pecaminosa que gosta de aparecer, de projetar-se e de atrair a atenção das pessoas sobre si. É algo quase inconsciente que requer vigilância permanente.

A experiência de Moisés no deserto é uma grande lição, para os seres humanos em geral e para os líderes em particular. A ordem que Deus dera a Moisés era para falar com a rocha e esperar que Deus fizesse o grande milagre diante da multidão (verso 8), mas Moisés bateu na rocha e disse: “Eu farei sair água desta rocha.”

À primeira vista, poderia parecer que o erro do profeta estivesse no fato de bater na rocha, que era símbolo de Cristo, em lugar de apenas falar, como tinha sido a ordem. Mas a raiz do problema é mais profunda. Moisés estava atraindo a glória do fato para si, em lugar de tributar os louros para Deus.

Quem é o autor dos atos vitoriosos de nossa vida? Quem é que produz os frutos? De onde vem a nossa força? Um momento, não responda! Você sabe que deve dizer que tudo vem de Deus, mas a pergunta não é para testar o que você sabe. É para ajudá-lo a meditar naquilo que você vive.

Se eu saio cada dia para o trabalho, simplesmente lendo com pressa essa leitura, se não separo tempo para passar a sós com Jesus e apesar disso me “porto bem” durante o dia, esse meu bom comportamento não é para a glória de Deus: é o fruto de minha força, é minha justiça, e a minha justiça é para Deus como um trapo.

A única maneira em que as vitórias da minha vida são para louvor de Deus, é vivendo cada minuto em permanente dependência de Seu poder salvador e sustentador. Você já percebeu que, quando Jesus esteve na terra, a grande maioria dos que O procuravam era gente aparentemente fracassada? Ali estavam os leprosos, cegos, paralíticos, ladrões, prostitutas. Essa gente simples e desprezada, que talvez nunca cumprira as promessas que fizera, era gente que, comprovadamente, não conseguia viver uma vida moralmente correta por suas próprias forças. E era isso, justamente, o que levava esse povo a procurar por Jesus. Aqueles que, de alguma forma, com um pouco de domínio próprio e moralismo humano, poderiam viver uma vida exterior correta, não sentem necessidade de buscar a Jesus. Vivem contentes com seus próprios frutos e levam todos os louros para si.

Que tipo de justiça é a nossa? Quem é que leva a glória dos frutos que aparecem em nossa vida? Eu respondo: é O próprio Deus. Ele é a Glória, a Justiça e Majestade.

Autor M. P. S.

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