sábado, 11 de junho de 2011

Uma segunda chance



Um homem muito rico tinha um filho, que gostava de dar festas e ser bajulado. Seu pai costumava adverti-lo, afirmando que certas pessoas só estariam a seu lado enquanto ele tivesse o que oferecer. Um dia, o homem, já em idade avançada, disse a seus empregados que construíssem um pequeno celeiro. Dentro dele, o ancião colocou uma forca e, junto a ela, uma placa com as seguintes palavras: - para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai. Mais tarde, chamou o filho, levou-o ate lá, dizendo: - já estou velho e, quando partir, você tomará  conta de tudo o que é meu. Sei qual será o seu futuro. Deixará a fazenda nas mãos dos empregados e gastará  toda a fortuna com farras. Depois, terá de vender nossos bens para se sustentar. E quando não tiver mais nada, os falsos amigos se afastarão. Só então você vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos. Por isso, construí esta forca. Ela é para você. Quero que me prometa que, se isso que falei acontecer, você irá se enforcar nela. O jovem, mesmo achando tudo aquilo um absurdo, para não contrariar o pai, concordou, imaginando que tal situação jamais aconteceria de fato. E o tempo passou... O fazendeiro morreu e o filho assumiu a herança. Como o pai havia previsto, ele vendeu os bens, perdeu as companhias e a própria dignidade. Desesperado, começou a refletir sobre sua vida e percebeu que
havia se comportado como um tolo. Nesse momento, lembrou-se do pai e lamentou: - Ah, se  eu tivesse dado ouvidos a seus conselhos... Agora é tarde demais. Curvado, levantou os olhos e avistou o celeiro. Dirigiu-se para lá, viu a placa empoeirada e pensou: - nunca segui os conselhos de meu pai, não o alegrei enquanto estava vivo. Desta vez, farei sua vontade. Subiu os degraus, colocou a corda no pescoço e, aflito, pensou: - se ao menos eu tivesse uma chance... Então pulou e sentiu a corda começar  apertar sua garganta... Era o fim. Porém, o braço da forca era oco e quebrou, lançando o rapaz ao chão. Naquele instante, caíram sobre ele esmeraldas, pérolas, rubis, e muitas jóias.  Juntamente com as pedras preciosas, havia um bilhete. Ele o abriu e nele estava escrito: - Esta é tua nova chance. Ass. seu saudoso pai que te ama muito.

A vida costuma nos oferecer uma segunda chance, e temos que nos agarrar a ela como a um tesouro, aproveitando as oportunidades que surgirem, para sermos pessoas mais íntegras e melhores do que havíamos sido.

Adaptado por M. P. S.

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