quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A importância do perdão




O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa.  Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer  alguns serviços na  horta, ao  ver aquilo chama o menino para uma conversa. Zeca, de oito anos de idade, o  acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala
irritado: ‒Pai, estou com muita raiva. O Juca não  deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.  Seu pai, um homem simples, mas  cheio de sabedoria, escutava  calmamente o filho , que continua a reclamar:  ‒O Juca me  humilhou na  frente dos meus amigos. Não  aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola. O pai  escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o  acompanhou calado. Zeca    o saco ser aberto e, antes mesmo que ele pudesse fazer pergunta, o pai lhe propõe  algo: ‒Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca, e  que cada pedaço de carvão  é  um mau pensamento  seu,  endereçado a ele. Quero  que você  jogue todo o  carvão do saco na camisa, até o  último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou. O menino achou  que seria uma brincadeira  divertida e pôs  mãos a obra. O varal  com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O  pai, que espiava tudo de longe, se aproximou do menino e lhe perguntou: ‒Filho, como está se sentindo agora? ‒Estou  cansado, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa. O  pai  olha para o menino, que fica sem entender a razão  daquela brincadeira e, carinhoso, lhe  fala: ‒Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa. O filho  acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo  e rosto todo. ‒Que  susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai então  lhe diz ternamente: ‒Filho, você  viu que a camisa quase não se sujou; mas olha só para você. O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos  atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a  borra, os resíduos, a  fuligem, ficam sempre em nós mesmos.

Cuidado com seus pensamentos; eles  se transformam em  palavras .
Cuidado com suas palavras; elas  se transformam em  ações.
Cuidados com suas ações; elas se transformam  em hábitos.
Cuidado com seus hábitos; eles moldam o seu caráter.
Cuidado com  seu caráter; ele controla o seu destino.
Cuidado com que você planta; pois tem certeza que  vai colher.
A  vida é assim, planta hoje e colhe  amanhã

                                                                                                                                                                                             ( Autor desconhecido e adaptado  por   M. P. S. )

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