domingo, 4 de setembro de 2011

O amigão



Por volta dos anos 80,   eu   ganhei  um cachorrinho  e  ele foi crescendo  e ficando bem grande, eu pus o seu nome de amigão,  e brincava  muito  com ele  até   achar   que poderia  ser perigoso ele se revoltar contra mim. Também, na  ocasião,  eu morava em  amaralina,   numa casa de pavimento   sem quintal  e  eu tinha um filho pequeno, achei que  era  perigoso  criar  aquele  grande animal mesmo  sendo  ele um bom cachorro.   Ai  comprei   um sitio  a 35km  de Salvador  por dois  motivos: um era que eu gostava  muito da natureza  e   o  outro  levar  o amigão   para viver e tomar conta do sitio.  E assim o fiz. Mas tinha que ter  um  caseiro  para olhar e limpar o mesmo.  Arrumei   o caseiro  e pagava  a ele um salário    para ele morar no sitio e  limpar o  mesmo quando  fosse preciso. O sitio tinha   2800 m², cheio de árvores frutíferas e coqueirais.   Fiz  uma grande  garagem  para meu  carro e  para os outros carros que  sempre apareciam  por lá. Ao lado da garagem,  fiz  uma bonita casa  para o amigão. E disse ao caseiro que  o cachorro era para  ficar preso  de dia e que devia soltá-lo a noite,  para ele  tomar conta do sitio. Mas o caseiro  não  cumpriu  com  minha ordem   e amarrava  o cachorro  com uma  corrente  dia e noite  para o cachorro  não sujar  a casa dizendo ele. O cachorro era  muito inteligente,  quando eu  ia ao sitio e ia me  aproximando mesmo faltando  um km o cachorro  conhecia  azoada   do meu carro  mesmo que tivesse passando  outros, mas ele sabia que eu estava  vindo e começava  a latir  e devido  seu tamanho e peso  sua  garganta  feria  e ele ficava rouco.  Eu reclamava  com o caseiro, mas ele  além de teimoso  era preguiçoso e  não limpava o sitio,  só varia  ao  redor  da casa e mais nada. Ele deixou que roubassem muitas frutas e aipins, e arrombarem  a casa por varias vezes. Eu fui perdendo a paciência, e  brigava  com ele  para não amarrar  o cachorro,  e tomar  conta direito  do sitio  já que eu estava lhe  pagando sem ele  fazer nada. Mesmo assim ele não  me obedecia.  Eu já  estava cheio  dele, e um dia quando  cheguei  por volta das  14  hrs,  ele  estava  com o cachorro  amarrado,  e o mesmo nem  podia  latir  da sua  garganta   inflamada. Eu perdi   a minha paciência    e soltei o amigão.  Ele pulou em mim e eu o abracei, e lhe disse: amigão,  você  não será mais  amarrado. E disse: seu Luis, de hoje  em diante  o senhor não vai mais  amarrar   este cachorro. Ele  zangado  me  disse:   ou o cachorro ou eu. Eu respondi:  o cachorro   fica e o Sr sai. Ele pensou,  que eu  precisando  dele,  ia ficar com ele e deixar o amigão.
Deixei  por mais ou menos   por três   dias  o sitio só com o cachorro. Devido  eu ter  deixado  ele solto dias e noites,  por muitas vezes,  quando eu saia  de lá pela noite, ele vinha  atrás  de mim e eu parava o carro mandava ele voltar, ele fingia  que voltava e me seguia. Uma vez de eu tive que por  ele no carro  e voltar  com ele uma distancia  de 15  km.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     MPS   

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